Free of me.

            Quando se está baqueado e anestesiado para o universo externo você se torna um expectador de si. Ao se tornar um você analisa com um pouco mais de clareza situações ocorridas. O amor é uma faca de dois gumes que anda de mãos dadas com uma espevitada e linda jovem chamada liberdade. O amor não é tão bonitinho quanto pensam não. É um barbudo carrancudo com uma tatuagem de âncora em um braço e um “Love my Mom” no outro. Isso que é o amor. O contraste da dor e da meiguice.
O amor não é o bastante para manter vivas as nossas relações, é UM fator apenas. Desculpem-me os românticos, mas, isso exige muito mais do que apenas palavras, presentinhos e depoimentos pífios de Orkut. E me desculpem também os românticos, mas amor não quer dizer exclusividade também. Quer dizer liberdade. Obviamente que essa é uma visão minha, né?
Sinto eu que o conceito de lealdade me parece muito mais adequado para uma relação do que a fidelidade que é tão superestimada. A liberdade e a individualidade mantém o prazer de querer descobrir o outro sempre e também mantém o respeito necessário. Em todo esse contexto, eu julgo os ciúmes com apenas uma conceituação: MEDO. Sim... Medo.
Medo de perder, insegurança, uma situação conturbada. A atração sexual é algo corriqueiro e sexo é uma divertida exploração. Isso é inerente à psique humana, isso é intrínseco a todos nós. Mas uma situação conturbada transforma o medo em ciúmes. E quando se ama o que não se tem, o medo se torna pavor e te deixa irracional... Aliás, me deixa irracional.
Amar o que não se tem...
Sabe...
As vezes parece que esse barbudo do amor que me designaram só tem a tatuagem de âncora...
To gay que eu sei.
Mas é hora de fingir, pois tem tanta coisa pra fazer...
Sorriso no rosto, cacos no bolso.
Amo vocês.

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